Temos aqui um típico preconceito por generalização.
Há remédios psiquiátricos que apresentam riscos e devem ser acompanhados com atenção, como acontece em toda a medicina.
Porém, a maior parte dos psicofármacos são seguros.
A afirmação de que os tranquilizantes viciam de uma afirmação universal, contudo, até recentemente, fazendo levantamentos antigo, não consegui encontrar nenhuma publicação científica que comprove isso.
A prática também não confirma isso, pois a maioria dos profissionais não sabe diferenciar recaída de abstinência, considerando sempre como dependência o retorno dos sintomas ao que diminuir a dose dos tranquilizantes.
O termo dependência é um termo pesado, usado para situações graves como o alcoolismo, dependência à cocaína injetável ou heroína.
A dependência induzida pelos tranquilizantes é 100% reversível, basta que a medicação seja retirada gradualmente.
A grande confusão que é que quanto a cronicidade (permanência prolongada) dos sintomas que os tranquilizantes tratam como a ansiedade.
Os transtornos de ansiedade frequentemente duram décadas ou toda a vida e quando um paciente obtém os benefícios com a eliminação dos sintomas e posteriormente experimentam retirar o tranquilizante e recaem dos sintomas logo são acusados de estarem dependentes quando na verdade houve uma recaída, ou retorno dos sintomas de ansiedade.
É muito difícil diferenciar os sintomas da recaída de ansiedade dos sintomas da abstinência aos tranquilizantes, nessas situações a culpa é sempre do remédio, ainda que não seja possível provar.
A dependência é a única preocupação relevante quanto aos tranquilizantes (remédios de tarja preta).
Os antidepressivos apresentam certos perigos.
Os do grupo dos tricíclicos podem levar a fatalidade quanto tomados em mega doses, já os inibidores seletivos da recaptação da serotonina não são letais mesmos em doses elevadas.
Alguns antipsicóticos podem provocar problemas na condução elétrica do coração, o que só é preocupante em cardiopatas, pessoas sem problemas cardíacos não há maiores problemas.
Há um antipsicótico logo depois de ter sido lançado foi relacionado há diversas mortes por inibição das células de defesa e em seguida retirado do mercado, privando inúmeras pessoas dos benefícios que ele produz.
Reintroduzido no mercado brasileiro há 30 anos sob os devidos cuidados não tem provocado os temidos efeitos colaterais e tem beneficiado muitíssimos pacientes.
Paradoxalmente, essa medicação é a melhor para se inibir os pensamentos de suicídio, salvando assim muitas vidas, que provavelmente poderiam ter sido salvas no período em que foi suspensa do mercado.